terça-feira, 26 de março de 2013

Três Marias- Onde quase fixei resid




Saudações!!!!!!
Há quanto tempo não escrevo aqui.
Estive em Três Marias desde o dia 15 de fevereiro e fiquei por lá até o dia 5 de março. É isso mesmo, há mais de 15 dias!!!!! Lá  encontrei pessoas muito boas que ajudaram  de diversas maneiras. Cheguei na cidade depois de passar por um caminho muito bonito entre Abaeté (onde passei o carnaval ouvindo funk nos milhares de carros de som que competiam quem ouvia mais alto suas tranquilas musicas), Morada Nova de Minas onde acampei na beira da represa, e Andrequicé, onde conheci a Casa de Manuelzão e me hospedei em uma das casas mais antigas de lá, de propriedade da dona Olga, sobrinha de Manuelzão. Aliás, descobri que nas imediações de Três Marias, caso se fale bem de Manuelzão, quase todo mundo dá um jeito de achar  um grau parentesco com ele. Nisso conheci um monte de primo, sobrinho, amigo, chegado, conhecido e assim vai! Rsrs...
Passei primeiro final de semana e pude ver como a imensa represa que leva o nome da cidade, é utilizada como área de lazer da população local e dos turistas. O rio (depois da represa), também utilizado por turistas, abriga em suas margens os pescadores e uma grande infraestrutura hoteleira para aqueles que procuram principalmente a pesca. A facilidade do acesso através da rodovia BR-040 que liga Belo Horizonte à Brasília, é mais um atrativo para os pescadores de finais de semana.
Apesar de muito calor e de lugares belíssimos, o primeiro sábado estava me incomodando em algo. Voltei da ''Praia do Povo'' e sentei em um bar já na área central. Foi ali que as coisas começaram a mudar!!!!!!!
Lá na frente, na parte da rua que fazia uma grande sombra projetada pelas casas da rua de cima, caminhava um casa. O rapaz vinha na frente, a passos largos, porem  lentos. A mulher, um pouco atrás, não olhava para frente, e sim ao seu redor, na tentativa de buscar o melhor enquadramento de tudo que passavam pela objetiva de sua câmera fotográfica. Achei os dois muito curiosos.
Quando se aproximaram, pediram pra tirar foto do pessoal que estava no bar e que visivelmente eram conhecidos. Ai então, que a mulher ao ver minha bicicleta,  buscou ao seu redor o dono daquela bicicleta que, como muitos vem dizendo, “parece uma moto”.
- E esse menino aqui? Quem é você?
Fiquei desconcertado. Como assim, quem sou eu? Eu sou eu, mas e dai???? Falei meu nome, mas não queria ficar falando a torto e a direito que estava pedalando pelo São Francisco e blá, blá, blá... Respondo essa pergunta umas 200 mil vezes por dia e, aquela hora estava tentando pensar o que faria.
Mas, como criou um clima de expectativa, citei a ideia da minha viagem e rapidamente fui interrompido por uma avalanche de dicas e conselhos. Uma caderneta surgiu e logo virou uma lousa onde a lição estava sendo passada. Me animei com  o interesse que ela passou pelo projeto e  peguei meu copo, minha cadeira e pulei a calçada para me sentar na rua, onde poderia ouvi-lá melhor. Sobre o Rio São Francisco, esta moça conhecia tudo e todos.
Ficamos um bom tempo ali conversamos e marcamos de nos encontrar no domingo para que eu pudesse descarregar o cartão de memória da minha câmera, que já estava cheio.
- Mas e seu nome, qual é mesmo?- Eu perguntei.
- Me chamo Ceiça-Maria, e este é meu Edson.- Ela falou apresentando seu companheiro.
No Domingo, depois de dar uma grande volta pela cidade, fui até a casa de Ceiça. Comecei a descarregar o cartão de memória e, enquanto esse lento processo caminhava, sentamos na calçada em frente sua casa para tomamos aquela que viria a ser a grande companheira dos finais de tarde: uma cervejinha pra refrescar. No meio do papo, um rapaz chega e pergunta da irmã de Ceiça, que não estava. Então ele se apresenta e, ao que se revelar, trás uma lembrança de 30 anos, período em que morou em Três Marias numa pequena propriedade onde desenvolviam técnicas agroecológias voltadas à realidade do cerrado mineiro.
Luiz, como se chama, tinha saído de Garopaba, em Santa Catarina, e estava indo para Belém, no Pará, onde colocaria seu meio de transporte (um Fiat 147, também conhecido como Malária) no barco até a cidade que atualmente mora, Manaus-AM. Nossa, o primeiro viajante que eu encontrei. Que satisfação!!!!! Sua viagem era pelos lugares por onde, algum dia passou, e Três Marias era parte importante para ele.
Como eu era o novato ali na situação, afinal, Três Marias só era nova pra mim, Luiz e Ceiça começaram a recordar o passado deles, fiquei quieto e só escutava. As vezes, os dois competiam no tom de voz tentando resgatar alguma passagem comum. A cada história, eu ficava mais deslumbrado. Uma experiência Agroecológica muito interessante ocorreu aqui e os dois ali na minha frente eram a memória disso tudo!!!!
Depois de muito tempo de conversa ali na porta da casa da Ceiça, ela nos hospedou em uma casa desocupada. E essa foi minha durante 15 dias na marcante cidade de Três Marias-MG!
O Luiz foi meu melhor amigo por 3 dias.
Quando viajamos muito tempo sozinho, todo mundo que aparece, a gente dá um jeito de contar alguma história, revela algo que normalmente não se falaria a qualquer um. Mas pela primeira vez, nestes dias de viagem, tinha em minha companhia por mais de algumas horas, alguém pra conversar e sair, conhecer os lugares, fazer comida e até acordar e dar bom dia. Acordávamos e logo pegávamos o Malária (como chama seu Fiat 147) para conhecer alguma cachoeira, ou ir no lote onde um dia Luiz morou, e tinha o nome de Midifúndio.
Neste processo todo, o dia se resumia em acordar, ir pra alguma cachoeira, estudar alguma coisa na biblioteca (muito simpática) e voltar para a Embaixada Casa Verde, como a Ceiça denomina sua casa, para tomar algum aperitivo e comer alguma coisa.
Através da Ceiça, conheci muita gente e muita coisa em Três Marias, inclusive apresentei meu projeto para as crianças contadoras de estórias de um projeto da prefeitura, coordenado pela Nuely e, no final de semana fui numa cavalgada no povoado das Pedras, com Zé Antonio, que gentilmente me levou até a igrejinha onde Manuelzão enterrou sua mãe e na Porto do Rio de Janeiro, onde Guimarães narrou o primeiro encontro entre Riobaldo e Diadorin. Também apresentei o meu projeto na Escola Estadual Guimarães Rosa, que tem como diretora minha lindíssima amiga Fátima Elisa.
Já entrando na terceira semana de permanência na cidade e me aproximando da data de comemoração do aniversário desta, dia 01 de março, todo mundo falava pra eu ficar para a festa que aconteceria na praça. No início eu falei que não podia, pois isso comprometeria a viagem. Até porque, paro nas cidades por 1 ou 2 dias no máximo e ali, eu já estava há quase 15 dias. No final não aguentei e fiquei na festa. A festa aliás, me surgiu como um oportunidade de levantar um dinheiro para poder percorrer o trecho Três Marias até Pirapora de barco, como o Seu Norberto, pescador de grande sabedoria e luta a favor do Rio São Francisco e das comunidades de pescadores, além de grande contador de estórias.
E esta decisão certamente foi muito agradável. Durante a festa conheci muita gente e falei bastante sobre a viagem. Talvez uma das maiores retribuições que tive, foi ver na expressão das pessoas, um desejo de fazer alguma viagem destas depositado em mim. A cada km que passo e cada pessoa que compartilho a viagem, vejo que a responsabilidade de viajar aumenta, pois a quantidade de gente que me acompanha em pensamentos e cada vez maior. Isso mesmo, borá pedalar!
Naquela noite do aniversário, virei a madrugada junto com a programação da festa e de manha, fui direto para a feira do produtor rural, onde teve uma feira e cavalgada seguida de apresentação de folia de reis. O último final de semana na cidade foi incrível, marcado por um almoço com a família da Hérika, com direito a um mini sarau protagonizado por sua mãe que revelou uma imensidão de poemas de sua autoria.

Um grande abraço à todos de Três Marias que tove o privilégio de conhecer!!!!!  Um beijo enorme especial para Ceiça-Maria!!!!! Valeu amiga!!!!
Vamos seguir viagem...



























terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Agora estou percorrendo as águas do Rio São Francisco. Quer dizer, as estradas que ligas as cidades banhadas por ele. Já não estava mais aguentando contar para as pessoas que estava indo a caminho do rio e ele nunca chegava. Não que o caminho estivesse ruim, mas queria logo poder de fato estar próximo ao rio. 
E foi em meio as névoas que cobriam o grande baú formado pela Serra da Canastra que vi a grande cachoeira que se forma na primeira queda do Rio. A Casca D'Anta, no distrito de São José do Barreiro que despeja as águas de uma grande fenda que rasga a Serra quase pela metade e cai por cerca de 185 metros de altura. No caminho pela Serra da Babilônia, raramente conseguia avistar alguma paisagem distante, mas foi numa olhada rápida pra direita que vi a primeira vez aquele véu formado pela cachoeira. Mas só alguns bons quilômetros para frente que eu pude parar e observa-la rapidamente antes que outra nuvem a cobrisse.

Cachoeira Casca D'Anta. Foto: Philipe Branquinho


Hoje escrevo de Iguatama-MG, e aqui sim posso afirmar que a viagem começou. Agora não são mais as placas e mapas que ma falam que estou próximo ao Rio São Francisco, mas as pessoas sempre me fazem lembrar disso. Mesmo quando não é algum curioso perguntando o que estou fazendo com aquela bicicleta enorme e ai me fala algo sobre o rio. Aqui em Iguatama, é, segundo seus moradores, a primeira cidade banhada pelo rio. E olha essa foto:

Vargem Bonita-MG. Foto: Philipe Branquinho
Agora, o município de Vargem Bonita dista apenas alguns quilômetros da nascente, enquanto Iguatama está a 150 quilômetros aproximadamente. Sinceramente -mas pode ser obra do acaso-, o que percebi nestes rápidos momentos em que estou passando pelas cidades, foi uma relação muito maior entre a população de Iguatama do que a de Vargem Bonita. 
Mas as disputas parecem estar bem presentes na região do Alto Rio São Francisco. Uma vez, tinha ouvido falar que a nascente do rio é muito questionável e que existiam pelo menos três rios contribuíam mais como afluentes do que aquela adotada como a verdadeira nascente: Rio Samburá, Rio Santo Paraopeba e Rio Pará. Um funcionário o Parque Nacional da Serra da Canastra me disse que esta era uma questão de grandes disputas, inclusive influenciava na possível liberação para exploração de minas de diamantes que existem nas imediações da Canastra, mas que São Roque de Minas parecia não estar muito a par destas discussões. Está certo que se tratando de ponto turístico, a nascente do São Francisco é só um detalhe, pois ali em São Roque, coisas bonitas não faltam. Mas, isso não deixa de ser interessante.

Lá na Serra da Canastra, uma grande queimada no final de 2012 devastou grande parte da vegetação que já estava se recuperando quando passei por lá e, com a quantidade de chuva, alguma flores já brotavam.

Sempre Viva- Serra da Canastra. Foto: Philipe Branquinho.

Serra da Canastra. Foto: Philipe Branquinho.

Foto: Philipe Branquinho.












Placa da Nascente do Rio São Francisco.
 Foto: Philipe Branquinho.
Imagem de São Francisco com a oração do Santo.
Foto: Philipe Branquinho.
Poça d'água formada pela nasente do Rio São Francisco.
Foto: Philipe Branquinho.



IGUATAMA

Iguatama foi a primeira cidade que encontrei que começou sua história em função do Rio São Francisco. Foi aqui que no Século XVIII, foi mandado construir por D. João VI, uma balsa para a travessia do rio e oficializar o caminho que ligava as minas de Goiás às capitais da Capitania e do Império e assim evitar o contrabando de mercadorias. Por conta disso, o porto construído, recebeu o nome de Porto Real, já que uma taxa era paga ao barqueiro. Li isto na biblioteca da cidade num documento não assinado, em folhas soltas que a bibliotecária me entregou. Quer dizer, a importância do transporte pelo rio já é grande desde às proximidades de sua nascente. 


Esta carranca, dá as boas vindas para aqueles que chegam na cidade através da BR 354, vindo de Brasília. do lado esquerdo está a ponte velha, que foi constrída no governo JK e substituíu a antiga balsa que fazia a travessia do rio. Porém, a ponte também teve sua época e já na década de 70, foi substituída pela atual, à sua direita.
Carranca na entrada de Iguatama-MG, entre as duas pontes.
Foto: Philipe Branquinho.


 


Nesta foto ao lado, ao fundo o morro começava a se reconstituir da queimada do no passado. alguns breves momentos de céu azul.






Igreja de Nossa Senhora do Abadia, Iguatama-MG.
Foto: Philipe Branquinho

Rio São Francisco em Iguatama. Antigo Porto Real.
Foto: Philipe Branquinho


 Foi aqui que encontrei Seu Nino, um dos primeiros pescadores de Iguatama que utilizou a rede para pesca. Hoje com 81 anos, ele vive sozinho e ensinou seu sobrinho a pescar, oficio que segue nas épocas de pesca. Ele também me contou algumas estórias, dentre elas a do Arco-Íris, que despeja água de um lugar para outro. Ele disse que uma vez, quando estava numa roça de arroz, começou uma chuva bem forte que foi capaz de alagar o terreno. quando a chuva parou, e ele e seu irmão estavam completamente molhados, um arco-íris surgiu brilhando no céu. Logo depois viram alguns peixes nadando em meio a plantação de arroz. E o peixe foi parar ali pois o arco-íris sugou a água de um rio e a despejou ali onde estavam! Muito bom. Gravei ele contando uns causos!!!! 
Seu Nino. Pescador profissional. Iguatama-MG.
Foto: Philipe Branquinho.




quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Poços de Caldas x Franca x Delfinópolis (19 à 25 de janeiro de 2013)
Depois das entrevistas que apareceram na mídia, eu estava bem ansioso pra parar de falar e (re)começar a viajar! Já estava com saudades de subir na bicicleta e equilibrar todo aquele peso. Também estava ansioso pois coloquei o bagageiro dianteiro e queria ver se tudo ia dar certo. Estava esperando equilibrar um pouco o peso e melhorar o rendimento das pedaladas!
Fiquei 15 dias em Poços e não poderia ter ficado em lugar melhor. Precisei “distrair” o dente ciso, ai a recuperação correu melhor do que eu poderia imaginar. Também os cuidados (ou mimos) da vó, vô e pai, se revezavam nas 24 horas que eu ficava ali, ao redor deles. Até me permiti uma manhazinha pra aproveitar o tempo junto.
No final de semana do dia 17, minha avó preparou uma festinha surpresa pra minha despedida e aproveitou que meus amigos Diego Peliciari e Ju Geo Marsula iam chegar pra reunir a família também! Festinha da melhor forma possível. Tudo muito simples e certamente, com o maior sentimento do mundo. É assim que eu gosto. Muito Obrigado Vó Irene, Vô Ernani, Pai e toda a família de Pô di Carda!!
 
Partimos pra Franca-SP, terra adorável dos grandes Dagoberto e Ione! Nossa, sai do mimo da minha família e caí no mimo da família do Diego!!! Que coisa gostosa também. Fiquei um dia a mais do que o previsto e eles me acolheram da melhor forma possível!!!! Até a despedida foi emocionante!!!!
Por falar em despedida, naquele momento me bateu um vazio. A partir dali, não teria mais uma despedida de familiar ou de gente muito próxima pra fazer. Acabaram-se os pontos de apoio e eu estava prestes a me lançar para “Os Meandros do Velho Chico”. Só não fiquei totalmente deslocado pois o Wender (conhecido nos bares das terras do norte do Estado de São Paulo como James Dimber), me acompanharia até Cássia. Poderia adiar mais alguns quilômetros de pedaladas sozinho.
 
 
De Franca à Cássia, o caminho foi muito difícil. Primeiro porque só peguei rodovia movimentada com trânsito de caminhão, o que exigia muita atenção todos os momentos. E depois, e acho quie principalmente por isso, a viagem se tornou muito mais cansativa do que parecia ser pela distância: O VENTO! Nossa, como ventou. Ventou tanto que o tempo que planejei chegar em Cássia não foi suficiente e o Dimeber teve que parar em Capetinga pra voltar pra Franca do Imperador. Valeu James, foi muito bom pedalar com vc!
 
 
 
 
De Capetinga à Cássia segui sob um sol forte que judiava na medida que era necessário pedalar até na descida por causa do vento. Quando finalmente cheguei em Cássia, ainda peguei uma mega subida pra chegar até a praça central! Chegando lá, descansei um pouco e pra minha sorte, minha mãe, mesmo à distância conseguiu um lugar pra eu ficar! Muito Obrigado mãe e Valéria, que abriu as portas de sua casa pra eu passar a noite!

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Entrevista Jornal de Poços

Aeeeee gente, que legal!!!!!!

Olhem só a entrevista que dei na terça feira, dia 15 de janeiro de 2013. A entrevista saiu no dia 16, quarta-feira em local de destaque no jornal. Consegui uma chamada na capa do jornal e meia página da coluna de esportes!!! Fiquei bem feliz.
Acho que esse tipo de entrevista me ajuda a documentar a viagem e também pode servir como um "cartão de visita" ao chegar em alguma cidade e tentar arrumar um local pra dormir, por exemplo.
Ah, desculpem a montagem meio mais ou menos. Espero que consigam ler!

Grande abraço, até breve!!! :)


segunda-feira, 14 de janeiro de 2013


Primeira etapa: Campinas (SP) x Poços de Caldas (MG)- Um excelente treinamento.

Para cumprir a data pretendida de saída, dia 02 de janeiro de 2013, o final do ano de 2012 foi uma correria só. Já não tinha mais compromissos com a faculdade e nem com a escola, porém o clima de natal estava deixando as pessoas ensandecidas e eu mais ainda. Era compra pra todos os lados!
Passou Natal e a virada do ano. Agora já estava quase na hora e uma ansiedade enorme já tomava conta de mim. Estava perdido nas coisas que faltavam fazer, o comércio funcionava em horários todos bagunçados e dificultava o acerto de um detalhe ou outro.
Bem, aos trancos e barrancos consegui organizar tudo que precisava pra viagem e juntamente com Daniel, meu parceiro que me acompanhou nesta primeira etapa, fechamos os últimos detalhes e...
Saímos da Moradia Estudantil da Unicamp por volta das 9h da manha. Já bem tarde pra começar a viagem mas no dia da partida ainda estávamos pensando o que não poderia ter ficado para trás.
A primeira parte, atravessamos a Unicamp sentido rodovia D. Pedro. São cerca de 10 km de desespero naquela rodovia. Muito movimento de ônibus e caminhão disputando a faixa da direita com o acostamento que passamos. Este pedaço não foi muito legal pois nem conversamos direito e a tensão do trânsito nos impulsionava a sair logo dali.
Quando começamos a subir os primeiros morros sentido Pedreira-SP pela estrada de terra, senti que a bicicleta estava bem pesada e com a bagagem meio mal distribuída. O percurso até Poços serviu como um ótimo treinamento. Deu pra sentir como serão os próximos dias de pedal. E o bom é que pude parar em Poços, um porto seguro e reorganizar os planejamentos da viagem, assim como melhorar as formas de comunicação e divulgação da viagem!
Ao todo percorremos 250km, passando por Pedreira, Amparo (onde um amigo do Daniel, o Fabão, nos arrumou um quarto na casa dele), Serra Negra, Lindóia, Águas de Lindóia, Monte Sião, Ouro Fino, Santa Rita de Caldas, Caldas e finalmente Poços de Caldas. Demoramos 4 dias para concluir e por incrível que pareça, nesta semana que tanto choveu, só pegamos uma garoinha entre Águas de Lindóia e Monte Sião e quando a chuva caiu forte, estávamos parados em um posto. Mas raios e tempo feio tinha de sobra!
Agora estou em Poços e ficarei mais uma semana. Problemas técnicos me forçarão a retirar um ciso. Preferi fazer isso aqui e me recuperar para dar continuidade à viagem mais tranquilo.
Ai vão algumas fotos!
Até breve.











Até breve.